Eucalipto Tratado no Brasil

EUCALIPTO TRATADO NO BRASIL

O eucalipto é uma árvore nativa da Oceania, onde constitui, de longe, o género dominante da flora. O género inclui mais de 700 espécies, quase todas originárias da Austrália, existindo apenas um pequeno número de espécies próprias dos territórios vizinhos da Nova Guiné e Indonésia, e mais uma espécie (a mais setentrional) no sul das Filipinas. Adaptados a praticamente todas as condições climáticas, os eucaliptos caracterizam a paisagem da Oceania de uma forma que não é comparável a qualquer outra espécie, noutro continente.

Foi introduzido no Brasil em 1904, com o objetivo de suprir as necessidades de lenha, postes e dormentes das estradas de ferro que começavam a ser construídas na região Sudeste. Assim como a banana, a cana-de-acúcar ou o milho, culturas trazidas de outras regiões do planeta ao Brasil, o eucalipto se adaptou muito bem às condições do solo e clima do país. Tornou-se, assim, um elemento importante para o desenvolvimento regional de várias cidades onde as indústrias de celulose e papel estão instaladas e possuem plantações de eucalipto. Grandes empresas desse setor também têm incentivado o plantio de eucalipto em pequenas e médias propriedades rurais, que recebem mudas, além de assistência técnica e têm a garantia da compra da madeira.

O primeiro tratamento de postes de eucalipto foi efetuado em 1935, em Rio Claro, São Paulo, utilizando o processo banho quente-frio com creosoto. A segunda usina, de cunho privado, foi inaugurada em 1945 e visava o tratamento de postes de eucalipto. De 1960 em diante, houve um crescimento constante no número de usinas em operação, concentradas principalmente nas regiões sul e sudeste. Nessa década, a Rede Ferroviária Federal S.A (RFFSA) instalou 10 usinas de preservação de madeira sob pressão, em diversos estados brasileiros.

Entre 1940 e 1970, houve uma grande expansão da demanda de postes de madeira tratada, mas sem acompanhamento de um respaldo técnico que garantisse a qualidade do produto final, o que aliado à ausência de técnicas adequadas e um controle de qualidade efetivo fez com que a vida útil dos postes não fosse a esperada. Isto fez com que o produto caísse em descrédito e expandisse o mercado de postes de concreto em detrimento do mercado dos postes de madeira.

Em 1969, foi fundada a ABPM (Associação Brasileira dos Preservadores de Madeira) e com isso aumentou o interesse na preservação de madeiras. Em 1972; foram publicadas as portarias que regulamentaram a produção de madeira tratada e dos preservantes de madeira.

As normas técnicas aliadas à qualidade do tratamento e dos produtos utilizados nos mesmos,  fez com que a durabilidade e qualidade final do eucalipto tratado atingisse um padrão que garantiu a plena expansão da sua utilização na construção, paisagismo, área rural entre outros.

Segundo estimativas da ABPM, no ano de 2000 existiam em operação 80 usinas, com uma produção estimada em 560.000 m3 de madeira preservada. A maior parte dessa produção é destinada ao segmento rural, seguido pelo elétrico, ferroviário e de madeira serrada. Considerando-se apenas os tratamentos de impregnação, o volume de madeira serrada e preservada ainda é inexpressivo (de 3 a 5% do volume total produzido).

A madeira de reflorestamento tratada é também uma excelente alternativa para o uso em sistemas construtivos, não apenas por ser um material sustentável, mas por permitir qualquer tipo de acabamento tradicional e penetrantes protetores como os strains, além de proporcionar:
– redução dos desperdícios
– rapidez na montagem
– versatilidade
– economia
– conforto
– beleza

Conheça aqui o PROCESSO DE TRATAMENTO

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